Substantivo feminino:
1. Um indivíduo de índole duvidosa (''Aquele cara é uma djanga!'')
2. Um objeto ou aparelho cujas funções não se demonstram satisfatórias (''Esse computador é uma djanga!'')
3. Situação desagradável (''Meu namoro é uma djanga!'')
Interjeição
4. Manifestação de impaciência e irritação, especialmente contra algum transtorno (''Que djanga!'')
Pronúncia
/ʤã.ga/
Etimologia
Uma tradição cianortense, provinda da etimologia popular, atribui a origem desta palavra ao avô de Douglas Willi Gonçales (cidadão cianortense), que, após receber a notícia de um infortúnio ocorrido com um colega, usa o termo para descrever a situação.
________________
Exemplos práticos do que seja djanga
Existem diversos estilos musicais. Nossos ouvidos são as testemunhas auriculares disto. Não se nega. Contudo, dentre estes segmentos sonoros, percebemos – pelo menos aqueles que têm alguma noção do que seja música – que alguns estilos não são propriamente musicais, no sentido de que eles mais propiciam uma comoção física (um agito) do que um prazer sonoro. Não se trata de uma melhor ou pior arte. Não queremos entrar nestes âmbitos. Digamos apenas que elas são um fenômeno social, de integração entre indivíduos, mais do que uma arte musical propriamente dita.
Não obstante, gostaria de apresentar a vocês, caros leitores, um exemplo do que seja uma música não musical. Mas como seria isso possível? Uma música que não é uma música?!?! Sim, apenas ouçam-no e verão – ou melhor, ouvirão – o que lhes tenho falado.
Eis um exemplo de djanga musical:
Sim, queridos e amados leitores, o nome da horripilante e maligna criatura é Luan Santana!!!!!
“Mas como? Ele é tão bonitinho?!?!?!” questionarão as mais afoitas figuras femininas que o admiram. Sim, não questiono os predicados estético-físicos do rapaz. Não se nega. Mas vejamos:
1º Ele é um bom cantor?
Resposta: não. Ele é afinadinho, mas canta como um desesperado com um fuzil apontado para a cabeça (cena de algum filme B). Além de ter uma vozinha infame e irritante.
2º Ele é um bom instrumentista?
Reposta: sim, claro, ontem mesmo eu assisti a um duelo entre ele, Malmsteen e Stanley Jordan. Claro que o Luanzinho ganhou... Ahhhhhhhh, poupem-me!!!! As musiquinhas dele são totalmente retas, sem sal, açúcar e nem água (nem pra matar a sede servem!!!). Melodias quadradas, harmonias comuns e irritantes... aí é só unir o primeiro ponto com este e pronto: a djanga pura!!!!
Mas não é só isso!!!
3º Ele é um bom letrista?
Resposta: vejam, um indivíduo que chama a mulher amada de “meteoro da paixão” não é o que eu chamaria de um grande poeta. Pensem que os meteoros são pequenas partículas que não chegam a adentrar a órbita terrestre, explodindo e se desfazendo completamente antes disso. Em outras palavras, a mulher do Luan-poetinha é uma que se acende durante um pequeníssimo período de tempo, e rapidamente explode e desaparece. Ele está ofendendo a classe feminina!!!!
Uahauhauhauhauah!!!
Desculpem, mas a risada é inevitável.
4º e último: Então porque diabos ele faz sucesso?!?!
Resposta: pergunte a qualquer menininha por aí e ela responderá: “Ah, ele é lindo!”
“Mas espere um pouco” – dirá o leitor mais arguto – “ele é cantor, não modelo fotográfico!”
E eu direi: Sim, é exatamente esse o grande mistério. As garotas ouvem a beleza física dele?!?!
Huahauhauahuah
Novamente a risada. Novamente inevitável.
Ele é apenas mais um exemplo de como a sociedade atual continua a ser a "Sociedade do Espetáculo", como chamaria Guy Debord. A sociedade preocupada com o que parece, com o que aparenta ser, mais do que com a essência, com o que é realmente. A visão continua a ser o sentido ditador de nossas experiências.
Mas o que mais se pode argumentar? Não importam as razões pelas quais o Luan seria considerado um cantorzinho de fundo de quintal. Elas (talvez eles – não discutiremos opções sexuais aqui) ainda o ouvirão.
E nós, amigos que conhecemos um pouco das teorias musicais da vida, teremos de suportar – principalmente aquele ser procarionte que passa, exibindo seu carrão com um som em altíssimo volume, desejando compartilhar com todos os cidadãos da cidade o seu péssimo gosto musical. Sabe-se lá mais o que compartilham, não é?!?! É, esses teremos de suportar. Alguns dizem que a vida é tortura. Eis a prova cabal disso.
Bom, é por essas e outras mais razões que classificaremos nosso queridíssimo Luan Santana como uma DJANGA!!!!
